Apesar de previsíveis na maioria das situações, somos seres deveras complexos e a visão que temos do mundo e dos outros que connosco convivem, é obrigatoriamente única e individual. Nessa medida, tendemos a emitir mensagens que, por muito que pareçam inequívocas, chegam ao destinatário sempre com algum grau de distorção (as chamadas "aporias" da comunicação).Esta faceta da comunicação é, para mim, uma das questões mais interessantes no que diz respeito ao relacionamento interpessoal.
Embora já me tenha acontecido várias vezes, não me agrada mesmo nada as situações de mal-entendido e tenho a noção do quanto podem afectar o rumo das nossas vidas, no entanto são os nossos erros e (algumas) inconsistências que nos tornam interessantes e únicos.
Foi curioso saber pessoalmente o que a Ana, d' A Paixão dos Sentidos pensava acerca de mim ou a ideia que de mim fazia, apenas através da leitura deste blog. Não será difícil perceber que o contacto pessoal é essencial para sentirmos o Outro como um todo e não apenas como uma fracção (que completamos com a nossa capacidade imaginativa). Como comentou o João, no "post" anterior, "Os ajustes apenam tornam mais nítida a focagem. Esclarecem e clarificam. É a experiência daquilo que dizia a Sophia: 'a nitidez salina do real'".
Nós só nos desiludimos se nos tivermos iludido antes!
Obrigado por estarem presentes!
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