30 setembro 2009

Abençoados*

angel

Tenho aprendido, ao longo da minha vida, de que não existe forma mais eficaz de interiorizar conceitos, nomeadamente os que gostam de dar como morada o hemisfério direito do nosso cérebro, do que vivê-los "na primeira pessoa".
Considero-me uma pessoa com sorte, por já ter vivido momentos muito bons e também muito maus. Sou um afortunado por isso mesmo.

A Generosidade é uma das características que mais aprecio no Ser Humano e uma vez mais, tive a oportunidade de, no passado dia 28 e 29, a sentir através das suas mais variadas formas, em cada rosto, sorriso, palavra ou até silêncio.

Ter tido a honra, para além de surpresa, de ser acolhido na Tertúlia d'Évora ("leva" o nome da cidade, por aí ter sido consitituída), marcará em mim, o que de mim resta.



Ou como magistralmente nos foi lembrado:
"Há mais barato, mas não é tão bom..."

memóravel

évora

25 setembro 2009

Berlim 2009 once and again soon

:))

Potsdamer Platz
2009, March, 21
:: Schmap Berlin Eighth Edition: Photo Inclusion

"Hi Ezequiel,
I am delighted to let you know that your photo
has been selected for inclusion in the newly released eighth
edition of our Schmap Berlin Guide
"

Fado

look up


(nota: Está tudo óptimo comigo! Tenham um Bom Fim de Semana)

23 setembro 2009

new photos, old stuff

ez on black
flying monarch butterflies

Do portão da casa, na qual aprendi o que casa significava,
até à pequena rampa de terra e seixos rolados do pequeno rio da aldeia,
para onde inevitavelmente eu gostava de me escapar,
distavam cerca de cinquenta metros que, à luz dos meus quatro anos,
me pareciam o caminho para o paraíso.

Hoje, nem a casa ou o portão existem como eu os conheci
e o rio há muito que se esqueceu de que como era ter nas margens
crianças descalças, que tentavam apanhar alguns peixes com latas velhas.
Os cinquenta metros estão tão curtos que já ninguém repara no rio.
Reparam apenas na ponte, que lhe passa por cima.

21 setembro 2009

Afinal já não Vendo a ESTUFA (por motivos imperiosos) actualizado em Dez 2010

Mede 193x360cm (231cm de altura,  na parte mais alta)

Alumínio lacado.
Tem ventilador, com sistema de sensor Infra-vermelhos.
Revestida a policarbonato, resistente a raios ultra-violeta (Garantia 10 anos)
Tecto com Vidro laminado e sistema de cortinas de protecção (para evitar sobreaquecimento no Verão)

Tempo de uso: 10 meses.

montagem estufa

greenhouse

winter greenhouse

estufa 2 Dez08 II

(Retiro 500€ ao que me custou e ofereço todas as estantes - Não estão incluídas as plantas - enfim... alguma coisa se arranjará! ;))

Ah... e tenho muítissimos vasos de barro (e de plástico, dos quadrados, desses que servem para poupar espaço) para vender a preços meramente simbólicos. 
tintas

O ateliê está quase arrumado (esta imagem já tem alguns meses).
Espero que em breve volte a ficar um "caos"!




17 setembro 2009

Este Vals...

trio



Pequeño Vals Vienés

En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.

Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.

Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.

En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.

Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".

En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.

Federico García Lorca

16 setembro 2009

Escolhas

matucana madsonorium

O pouco tempo que tenho, depois de subtraídas as quotidianas obrigações profissionais, para me dedicar às várias paixões a que voluntariamente me fui entregando ao longo destes anos, somando-lhe a menor capacidade física de simultaneamente lidar com muitos assuntos, faz com que tenha de apelar à lucidez, enquanto julgo ter alguma, e escolher qual ou quais me definem, estruturam e mais compensam pessoal e emocionalmente.

Tenho andado em arrumações, no sentido figurado e também literal, e tenho-me deparado com um percurso deveras curioso, repleto de histórias, de muita paixão e entrega também.
Um dos meus recentes amores, foi sem dúvida aquele que tive pelos "cactos e suculentas", conheci gente deveras interessante e o que aprendi situa-se muito para além dos aspectos botânicos da "cactofilia".

No entanto, passados cerca de três anos, terei de ficar apenas com a feliz lembrança e o parco conhecimento acerca das plantas, tentar manter os novos amigos cactófilos e apontar de novo o rumo para a Pintura, a Escrita e outros destinos, que pareciam estar esquecidos.

O Jardinagens será sempre jardinagens, mas as viagens é que serão outras. Espero poder continuar a usufruir da vossa companhia.

(claro que me dói a alma)

14 setembro 2009

de novo e de novo e todas as vezes que for preciso!

self



Esta era já, há muitos anos atrás e por todas as razões, exceptuando a que agora me leva a publicá-la aqui no blog, uma das canções da minha vida.
Sem nenhum tipo de mágoa ou lamento, apenas porque ainda continua a ser uma das que mais me comove, partilho convosco a canção que relata parte da história de tantas vidas.

É bom acreditarmos nas canções, mas é absolutamente vital acreditarmos em nós próprios.

13 setembro 2009

Valsear

shoe

Valso a compasso
Um-dois-três, um-dois-três,
um-dois-três, um-dois-três.

Depois, começo também a trautear...

Pã...
pã-pã-pã-pã...
pã-pã-pã, pã-pã-pã,
pã-pã-pã...

De contente, distraio-me e troco o passo:
Três-um-dois, dois-um-três,
dois-um-três, um-dois-três, um-dois-três.

Coro até aos pés...
e acaba-se o "pã-pã-pã..."

Julho, 1998(?)

04 setembro 2009

Simples

simple, small, wild and violet

Paulatinamente construo o sonho, como se o tempo, a espera, a tristeza, a alegria e tantas outras emoções e ainda tudo o que se pode nomear, tivessem ganho uma nova dimensão. Parece que tudo faz sentido, até mesmo o que me desagrada e traz algum desconforto.

Como comentei com um amigo, há alguns dias atrás, a Felicidade reside na consciência de que somos seres finitos.

Quanto mais cedo aceitarmos o facto de que um dia morreremos, sem que essa ideia nos ocupe o espírito durante demasiado tempo, mais hipóteses teremos de ser efectivamente felizes, de entender realmente a Vida, percebendo-lhe, em nós, a sua essência. Conhecemos dezenas de frase feitas, sobre a sua fugacidade e impenetrabilidade e todas elas nos parecem produto de grande maturação e reflexão, para além de acharmos que cabal e obviamente as compreendemos.

Na realidade, quando é que tomamos realmente consciência de que "A Vida são dois dias..."? Se o compreendermos ao final do "primeiro dia", talvez espantosamente aproveitemos o "segundo"!

Façam-me um favor... Olhem uns segundos para a vossa palma da mão e vejam tamanha beleza! Depois pensem na quantidade de coisas fantásticas de que são capazes de fazer!

Tenham um maravilhoso Fim-de-Semana!