31 agosto 2010

:))) Bem Vindos!

crown

Incursão

friday sky

29 de Agosto  de 2010 (do Diário "Processos Mentais")

Volto a este diário, porque este é um momento especial (não porque me sinta extraordinariamente fortalecido ou enérgico, mas porque recentemente se tem esclarecido muitas questões na minha vida interior) para dar um novo impulso, um novo rumo à minha existência.
A minha natureza obsessiva tenta não misturar os assuntos por entre os vários diários que vou mantendo, sob pena de, no final, apenas eu conseguir perceber o que neles se passa, mas nem sempre consigo "estancar o fluir do pensamento" de forma a produzir matéria sensível, ajustada ao diário que comigo nesse momento trago (ou teria de andar permanentemente com três ou quatro livros de escrita e separar linhas e parágrafos, segundo o seu teor, à medida que me apetecesse escrever).

Tenho, como toda a gente, um pensamento cruzado, que me chega a atrapalhar de tão exacerbado. As ideias atravessam-me como estocadas, sem pedir licença e sem nenhum tipo de misericórdia, sempre foi assim.
Aprender a lidar com isso, utilizando cadernos de apontamentos, diários, listas, etc, para melhor me organizar - ou corria o risco de enlouquecer tais eram e são as minhas próprias exigências e ideias para projectos e outras tontices pseudocriativas (mais de 95% delas não passam da sua fase embrionária) - foi a única forma que encontrei para sobreviver.

Penso muitas vezes e, até já tenho comentado, de que o meu Mapa de Vida se poderia facilmente fazer a partir dos meus cadernos de apontamentos, pois estão cronologicamente bem registados e são bons e sinceros os registos do meu pensamento. (...)
Percebo agora a estranheza que me acompanhou ao longo de tantos anos e que tanto testemunhei  nos textos que escrevi. Sinto que se fecha um ciclo e que se abre um outro, mais amplo, mais complexo, com desafios mais profundos, mas também com novos (e conscientes) instrumentos à minha disposição, o que nem sempre significará facilidade, nem permanente tranquilidade, mas sim uma necessária e inevitável libertação.

Claro que só vos posso agradecer.

23 agosto 2010

As coisas que dizemos e as que tememos dizer

inside shadows

Não é difícil perceber a razão pela qual todos queremos manter o respeito e o amor das pessoas que amamos, pois são a nossa base emocional e afectiva, sem a qual tudo nos parece vazio e negro. Nessa medida, temos todas as justificações para ser cuidadosos com aquilo que dizemos ou fazemos, respeitando-as na sua individualidade e sensibilidade.
Por estranho que pareça isso também se aplica na perfeição a nós mesmos: devemos ter cuidado com o que de nós próprios pensamos e o que a nós mesmo dizemos, para não correr o risco de nos desrespeitarmos ou de nos abandonarmos à indiferença, passando a vaguear em vez de existir.
Temo falar na primeira pessoa do singular, mas não tenho outra forma de o fazer, para além de que essa é a principal razão pela qual escrevo este pequeno texto.
Sempre fui bastante céptico (apesar do meu eterno romantismo e crença no Ser Humano como um verdadeiro milagre) e sempre gostei de analisar as várias perspectivas que se apresentavam sobre qualquer assunto, antes de o poder defender ou... discutir (não gosto do vocábulo "atacar") e não será neste preciso momento, que trarei um tema "fracturante", apenas confesso de que durante algum tempo temi dizer-me (mesmo baixinho) o que intuía (ja sabia?), para não ter de lidar com uma questão que "colocava em causa" a minha sanidade mental.
No entanto, sempre segui o meu caminho, aprendendo e descobrindo, ajudando e sendo ajudado.
Olhar-me-ão, ora com preocupação, ora com pena, os que me são próximos, pensando que comecei a enlouquecer. Não faz mal, amo-@s na mesma.


22 agosto 2010

Voz interior

glory

Pelas mais variadas razões, todos já passámos por períodos na Vida em que temos a sensação ou até mesmo a noção de que algo importante, que não conseguimos identificar ou definir, está para acontecer, como se esse momento fosse um "momento-charneira" que irremediavelmente nos mudará o rumo.
Muitas das vezes tal não acontece, pelo menos da forma que idealizámos ou, na sua maioria, fantasiámos, mas nem por isso devemos estar desatentos a essa "pequena" voz interior, que nos sopra ventos de mudança ao ouvido. Há que aproveitar o momento e arrumar o que está "dessarumado" à nossa volta, o que precisa de um desfecho, o que já não nos faz falta, o que carregamos sem sentido, caso contrário, perdemos uma fantástica oportunidade de avançar no sentido da nossa autorealização.
Escutem a vossa voz interior.

16 agosto 2010