27 dezembro 2010

2011

Esperando que os próximos meses sejam menos ausentes do que têm sido estes últimos, desejo-vos um Feliz Ano de 2011, pleno de Realização Pessoal e de Paz Interior.

(finalmente) Estarei de Férias durante as primeiras três semanas de Janeiro. Irei para lugares mais frios, porque aqui está uma caloraça que não se aguenta! ;)

elevator

Ah... e sinto-me magnificamente!

18 outubro 2010

04 outubro 2010

reflexão

desenho XXIX (close) - 2010
Desenho XXIX, 2010 - Grafite sobre papel - 70x100cm



Desde há algumas semanas para cá que tenho vindo a ganhar uma nova noção de tempo. É estranho, os dias vão passando da mesma forma e as semanas sucedem-se de igual maneira, mas momentos há em que se abre uma espécie de brecha e o tempo parece passar tão lentamente, que julgo possível vislumbrar a ideia de eternidade.
De facto, a espiritualidade (lato sensu) é um lugar magnífico, uma descoberta permanente, um imenso manancial, à qual pouca atenção dedicamos, por julgarmos que, garantindo (quanto mais, melhor d') o nosso bem estar físico, nada mais nos faltará.
Na maioria das vezes, quando nos apercebemos dessa lacuna, mesmo que recuperemos algum tempo, já é praticamente impossível recuperar a vivência. Tudo tem um momento e uma medida apropriados e é nessa ponderação, que devendo tender para o equilíbrio, num jogo de forças e energia, de Ying e Yang, ou seja lá o que for que nos ajude à elevação, como seres humanos, plenos de espírito, que devemos procurar encontrar os momentos de reflexão.

Não custa nada... experimentar.

Lisboa, 3 de Outubro de 2010

08 setembro 2010

Dentro e Fora

self-wondering

Distinguir o que está dentro daquilo que está fora, sendo que tudo é o mesmo e o que se altera são os pontos de referência e a intensidade dos acontecimentos, é um exercício deveras interessante, principalmente porque nos obriga a tomar posição acerca de determinado assunto. No entanto, devemos fazê-lo conscientemente, de forma cabal e inequívoca.
Essa consciência terá de passar por um efectivo auto-conhecimento ou, de outro modo, será sempre frágil, deficiente e vetada ao insucesso. Só saberei "quem sou" se tentar perceber de como me vêm ou outros e não como eu gostaria ou tento que me vejam. Só saberei "quem sou" se também olhar para o mais profundo que em mim existe, não carregando culpas, nem dogmas, mas tentando sempre ser MELHOR do que fui até agora.
Existe um Caminho para percorrer, basta seguir a intuição.

Lisboa, 25/04/10...8/10/10

06 setembro 2010

Vida

Ceropegia pettignati.ex.Ernesto Díaz (gift).Cheste 2010.*

Vibrantes e cheios de luz tem sido estes enormes e recentes dias. Surpreende-me o Universo, que finalmente me deixou perceber que consigo ser o que sempre quis, pedra, riacho, árvore ou melodia. Já entendo melhor a matéria e não existe nada mais tranquilizante e gratificante do que isso.




*Ceropegia pettignati
Fotografia e Planta de: Fernando Jose Fernandez Hingking

31 agosto 2010

:))) Bem Vindos!

crown

Incursão

friday sky

29 de Agosto  de 2010 (do Diário "Processos Mentais")

Volto a este diário, porque este é um momento especial (não porque me sinta extraordinariamente fortalecido ou enérgico, mas porque recentemente se tem esclarecido muitas questões na minha vida interior) para dar um novo impulso, um novo rumo à minha existência.
A minha natureza obsessiva tenta não misturar os assuntos por entre os vários diários que vou mantendo, sob pena de, no final, apenas eu conseguir perceber o que neles se passa, mas nem sempre consigo "estancar o fluir do pensamento" de forma a produzir matéria sensível, ajustada ao diário que comigo nesse momento trago (ou teria de andar permanentemente com três ou quatro livros de escrita e separar linhas e parágrafos, segundo o seu teor, à medida que me apetecesse escrever).

Tenho, como toda a gente, um pensamento cruzado, que me chega a atrapalhar de tão exacerbado. As ideias atravessam-me como estocadas, sem pedir licença e sem nenhum tipo de misericórdia, sempre foi assim.
Aprender a lidar com isso, utilizando cadernos de apontamentos, diários, listas, etc, para melhor me organizar - ou corria o risco de enlouquecer tais eram e são as minhas próprias exigências e ideias para projectos e outras tontices pseudocriativas (mais de 95% delas não passam da sua fase embrionária) - foi a única forma que encontrei para sobreviver.

Penso muitas vezes e, até já tenho comentado, de que o meu Mapa de Vida se poderia facilmente fazer a partir dos meus cadernos de apontamentos, pois estão cronologicamente bem registados e são bons e sinceros os registos do meu pensamento. (...)
Percebo agora a estranheza que me acompanhou ao longo de tantos anos e que tanto testemunhei  nos textos que escrevi. Sinto que se fecha um ciclo e que se abre um outro, mais amplo, mais complexo, com desafios mais profundos, mas também com novos (e conscientes) instrumentos à minha disposição, o que nem sempre significará facilidade, nem permanente tranquilidade, mas sim uma necessária e inevitável libertação.

Claro que só vos posso agradecer.

23 agosto 2010

As coisas que dizemos e as que tememos dizer

inside shadows

Não é difícil perceber a razão pela qual todos queremos manter o respeito e o amor das pessoas que amamos, pois são a nossa base emocional e afectiva, sem a qual tudo nos parece vazio e negro. Nessa medida, temos todas as justificações para ser cuidadosos com aquilo que dizemos ou fazemos, respeitando-as na sua individualidade e sensibilidade.
Por estranho que pareça isso também se aplica na perfeição a nós mesmos: devemos ter cuidado com o que de nós próprios pensamos e o que a nós mesmo dizemos, para não correr o risco de nos desrespeitarmos ou de nos abandonarmos à indiferença, passando a vaguear em vez de existir.
Temo falar na primeira pessoa do singular, mas não tenho outra forma de o fazer, para além de que essa é a principal razão pela qual escrevo este pequeno texto.
Sempre fui bastante céptico (apesar do meu eterno romantismo e crença no Ser Humano como um verdadeiro milagre) e sempre gostei de analisar as várias perspectivas que se apresentavam sobre qualquer assunto, antes de o poder defender ou... discutir (não gosto do vocábulo "atacar") e não será neste preciso momento, que trarei um tema "fracturante", apenas confesso de que durante algum tempo temi dizer-me (mesmo baixinho) o que intuía (ja sabia?), para não ter de lidar com uma questão que "colocava em causa" a minha sanidade mental.
No entanto, sempre segui o meu caminho, aprendendo e descobrindo, ajudando e sendo ajudado.
Olhar-me-ão, ora com preocupação, ora com pena, os que me são próximos, pensando que comecei a enlouquecer. Não faz mal, amo-@s na mesma.


22 agosto 2010

Voz interior

glory

Pelas mais variadas razões, todos já passámos por períodos na Vida em que temos a sensação ou até mesmo a noção de que algo importante, que não conseguimos identificar ou definir, está para acontecer, como se esse momento fosse um "momento-charneira" que irremediavelmente nos mudará o rumo.
Muitas das vezes tal não acontece, pelo menos da forma que idealizámos ou, na sua maioria, fantasiámos, mas nem por isso devemos estar desatentos a essa "pequena" voz interior, que nos sopra ventos de mudança ao ouvido. Há que aproveitar o momento e arrumar o que está "dessarumado" à nossa volta, o que precisa de um desfecho, o que já não nos faz falta, o que carregamos sem sentido, caso contrário, perdemos uma fantástica oportunidade de avançar no sentido da nossa autorealização.
Escutem a vossa voz interior.

16 agosto 2010

28 julho 2010

Diz se é perigoso a gente ser feliz

0002
do Diário "Páginas do Oriente" - 1998 (fotografia de 1996)



Beatriz

Chico Buarque


Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

27 julho 2010

Vontade

Museu História Natural 2004 I
Museu de História Natural - Sala do Veado, Lisboa 2004
(Há seis anos e dez quilos atrás)

Que vontade de regressar à pintura e à emoção do desejo puro. Que vontade de regressar a uma parte de mim, descobrindo agora o novo que, por estar a envelhecer, consigo plenamente disfrutar. Procuro, por de entre os textos nos meus diários, recentes momentos felizes e apenas encontro a palavra futuro. Não me falte a oportunidade, que as palavras também não me irão faltar.

16 julho 2010

Timidamente

Sala do Veado 20 Anos

Conto com a presença de algum de vocês? ;)

Já agora... MUITO, mesmo MUITO OBRIGADO por me terem agraciado com o belo número de 150.000 visitas ao Jardinagens (apesar deste recente abrandar de "publicações")

20 maio 2010

Erguem-se dentro de mim alterosas vagas,
que me percorrem o corpo todo,
procurando uma falésia ou uma qualquer praia
onde possam morrer.
Construí muitos portos de abrigo
à medida dos nomes que lhes fui dando,
mas nunca me pertenceram, não me estavam destinados.

Mentiria se dissesse que me espanto com o que se me vai revelando.
Estou zangado com o mundo, dentro de mim.
Espero que me sirva de alguma coisa.

22 abril 2010

o sonho dos outros

parallel world

Não devemos querer que o mundo se construa exclusivamente à nossa semelhança e segundo um quadro previamente planeado e pouco flexível. Claro que o sonho ou os projectos de vida, devem ser parte integrante de nós próprios, porque sem eles não conseguiríamos sequer pensar o futuro e, sem a ideia de futuro não existimos, mas quando queremos que os outros se moldem ao futuro que escolhemos para eles e, consequentemente ou principalmente, para nós próprios, cometemos um enorme erro, que apenas nos trará dissabor e frustração.

A vivência do conflito inebria uns e cega outros, raramente tem algum proveito. Porque queremos tanto impor a nossa visão do mundo aos outros? Porquê essa necessidade de Poder e de ditar regras, quando na maioria das vezes já nem se sabe a razão de tal procedimento.
O mundo apresenta-se-nos como um desafio permanente, a sua idiossincrasia é uma das suas maiores riquezas e uma das melhores justificações para a criatividade. Não devemos lutar contra o mundo, pois a guerra está à partida perdida, mas lutar pelo mundo, porque nos parece ser uma opção muito mais sensata.

Que queremos nós dos outros? que sejam como nós? Não, isso não será com certeza, apesar de nos considerarmos quase perfeitos! Que nos julguem perfeitos? Isso talvez... Mas que fazer depois com essa conquista?
 
Efectivamente não podemos exigir que os nossos pais, filhos ou cônjuges sejam ou se transformem naquilo em que um dia sonhámos ou sequer permitir que nos subjuguem ao que, por sua vez, eles sonharam. O sonho de uns é muitas das vezes o jugo de outros e, por mais cheios de boas intenções que estejam, só por absoluta e impressionante coincidência é que nos servirá na perfeição também.
 
Só conseguiremos viver com alguma tranquilidade se nos formos ajustando aos sonhos e expectativas dos outros, que nos são próximos. Assim como também relativamente às contrariedades que pela vida vão surgindo. Todo o processo de aceitação da diferença do Outro deve de estar impregnado de respeito mútuo ou correrá sérios riscos de falhar em qualquer ponto do percurso, e falhar perto do fim é tão grave como falhar logo no início.  
 Existe uma enorme beleza e utilidade na diferença, pois sem ela não nos reconheceríamos ou desejaríamos sequer. É bom saber viver, mas vital mesmo é aprender a conviver. 

19 abril 2010

A arte de esquecer

Perguntou o Barba-Azul, "Porque foste tu abrir a porta?"

silhueta

E um dia, todos seremos um pouco menos do que agora somos: quase nada.


13 abril 2010

Cravo as unhas no futuro,
com a felicidade dos apaixonados
e o desespero dos náufragos.
Não sei se engulo a vida ou se a vomito,
se este é o meu direito ou avesso,
mas sei que respiro a consciência dos dias,
como se a parisse.
Tenho uma longa jornada à minha frente,
por isso me esgoto em mim mesmo e
se renasço é por milagre e por decreto.




















Lisboa, 13 de Abril de 2010

09 abril 2010

beauty in magenta
Osteospermum ecklonis 'Whirligig'

Abre-se-me o futuro assim, de uma forma aparentemente suave e natural.
Acreditar e Trabalhar. Vejo frutificar o esforço e o prazer desse "casamento" e sinto-me quase como me sentia há vinte cinco anos atrás. Obviamente que perdi frescura, mas felizmente ganhei segurança.
Respeito a frustração que acumulei e os erros que cometi, são meus e têm-me ajudado.Tenho um mundo novo à minha espera, sonhei-o, mas mesmo acordado nunca deixei de caminhar na sua direcção. 
Agradeço tanto a quem teve paciência para aturar as minhas fantasias....

25 março 2010

Madrugar

kalanchoe pumila flower buds

Há um tempo para tudo e ainda bem.
As palavras, que têm essa magnífica característica de se renovarem a cada instante, são como os dias, passam e permanentemente anunciam novas etapas.
É isso que espero, uma nova etapa, que se confunda com a beleza dos dias, com a generosidade dos gestos, com a suavidade do anos que vou somando ou do inacreditável meio século que me espreita já ali, ao fundo da esquina.
Apesar de poder parecer contraditório, a minha identidade aumenta a sua solidez à medida que vai aumentando a sua multiplicidade, como se eu fosse sempre o Outro e, nessa roda de oportunidades, chegasse a ser eu próprio também, numa espécie de esquizofrenia depurada e respeitosa.

É verdade que a "Poesia se come", quando se percebe que a Liberdade se Vive.

25/03/10. 5:15Am

22 março 2010

Primavera

changing shirt lithops IV

Surpreendem-me os dias. Reside aí a sua beleza e também hipótese do desencanto. Mas eu gosto dos dias, como gosto das histórias que leio ou que ouço, como gosto das pessoas que têm histórias e se encantam ou desencantam com os dias.
Anseio o sabor desta Primavera que acaba de chegar.


17 março 2010

ericeira
Ericeira

Cravo as unhas no mundo,
às vezes para me agarrar,
outras para deixar marcas.
Sou puxado à velocidade que o tempo tem,
nem um segundo a mais, nem um segundo a menos,
embora nunca me pareça assim.
Pobre de quem vive sem saber que vive,
triste de quem antes do seu tempo quer morrer.
Sei que amanhã será um dia esplendoroso e depois de amanhã provavelmente não. Quanto ao dia mau, chegará também, porque também me pertence. Até lá, vivo segundo a segundo, feliz, agarrado à vida.

09 março 2010

aeonium tri-tabuliforme (tetra)
aeonium (tri)tabuliforme

"Acho que foi no início da Primavera. Sei que um pássaro cantava e outro não. Existem sempre pássaros que não cantam no início da Primavera.
Voltou a casa para buscar o livro que andava a ler, pois sem um livro ao pé de si sentia-se sozinho. Costumava dizer que os livros lhe faziam mais companhia do que as pessoas e do que os pássaros que cantam, até dos que só cantam no Inverno.
Gostava sempre das palavras que lia, de todas elas, porque o divertiam e lhe mostravam coisas que desconhecia e gostava de as repetir em silêncio ou em alta voz, trocando-lhes a ordem, numa espécie de jogo de possibilidades, tentando, claro está, manter a coerência do discurso. Mas ele também sabia que as palavras eram seres especiais, com personalidade e vontade própria, que se renovam e frutificam e, tantas vezes, tranquilizam e consolam.

Dizíamos nós que Março ainda estava na lembrança e de Abril se esperavam as anunciadas águas, quando se apercebeu de que não encontrava em nenhum lado o livro que o tinha feito voltar a casa. Não é possível, pensou, ninguém lá entrou em casa e a literatura, por muito viva que seja, não tem pernas, gracejou consigo mesmo, tentando afastar a angústia do momento.
Sentou-se por um momento no sofá, a que ternamente chama sofá-cama, não que o dito sofá possua tais intrínsecas características, mas porque a cama lhe tem imensos ciúmes, e tentou uma vez mais lembrar-se de onde poderia ter deixado o livro, não podia estar longe. Tinha a mesma relação com os livros que se tem com um namoro recente, não suportava a ideia de estar afastado dele durante um dia que fosse.
Poderemos nós ser reféns das palavras? pensou. Do que dizemos? Do que ouvimos?

Não podia gastar muito mais tempo nesta sua demanda e, deveras contrariado, saiu. Desta vez, saía de casa sobrecarregado. Subrepticiamente, dentro da sua cabeça, preparava-se uma revolução, amotinavam-se as palavras. Ele não estava habituado a nada disto, sempre tinha sido ele quem detinha a batuta, quem conduzia as ideias, mas as palavras tinham ficado à solta e tornaram-no seu refém, vestiram-se a rigor, traje marcial, comunicados à hora certa e apenas para os média, garbosas, elegantes, respeitadoras das patentes...
Foi um inferno durante um tempo, que lhe pareceu eterno, até que o Verão deixou de ser uma miragem e a Dúvida se juntou às fileiras daquela guerra já sem sentido. Por fim, percebeu que é impossível controlar as ideias e querer ser maior do que todas as palavras.

Ouvimos dizer que começou agora a escrever o seu segundo livro."

Lisboa, 9 de Março de 2010

06 março 2010

Nova

Quase diariamente, abro a "janela" de Nova mensagem, escrevo uma frase deste tamanho, fico a olhar para ela durante um minuto e acabo por perceber que, tal como agora, pouco ou nada tenho para dizer (parecerá estranho, eu sei...).
Assim, esperando que estas palavras cheguem a ver a luz dos vossos olhos, tento ultrapassar este momento de blackout, disfarçado de apatia, e agradeço-vos as continuadas visitas.
glass flour

09 fevereiro 2010

In-esperar

Rhipsalis pilocarpa



Visto-me a rigor e decido tomar as rédeas do sonho, que não quero que se me escape. Já há algum tempo que sei que só crescemos se nos consumirmos.

07 fevereiro 2010

aeonium atroporporeum surviving



Não sei bem como terminará ou por onde seguirão os passos deste parágrafo que assim começa, ou sequer se chegará a iluminar nos vossos ecrãs, mas quero dar um passo, um passo que supostamente é em frente, embora ao longe apenas consiga ver luzes difusas, sonhos que se apressaram e foram andando (fizeram bem, dizem que estão lá, à minha espera!).
Tenho a sorte dos que pontualmente vislumbram e, precisamente, também por essa razão, deles o azar de ter a aguda dor que muitas vezes a esse vislumbre associada está. Tenho a sorte de ser pateta (o que me acontece com um pouco mais de frequência), que me ajuda sobremaneira a saborear as coisas simples e, posteriormente, a delas ter a consciência de que são tão ou mais importantes do que as que vislumbro e que por vezes me provocam dor.

Todas as palavras são belas, sem excepção. Sejam as que há muito conhecemos, as que nem imaginamos existirem ou até as que nos lembram coisas de que não gostamos.
As palavras revelam, decifram e sintetizam o mundo, são profundos alicerces invisíveis, sem os quais tudo se desmonoraria e, simultaneamente, organismos vivos e autopropagadores.

Pausa, pequena pausa.