17 março 2010

ericeira
Ericeira

Cravo as unhas no mundo,
às vezes para me agarrar,
outras para deixar marcas.
Sou puxado à velocidade que o tempo tem,
nem um segundo a mais, nem um segundo a menos,
embora nunca me pareça assim.
Pobre de quem vive sem saber que vive,
triste de quem antes do seu tempo quer morrer.
Sei que amanhã será um dia esplendoroso e depois de amanhã provavelmente não. Quanto ao dia mau, chegará também, porque também me pertence. Até lá, vivo segundo a segundo, feliz, agarrado à vida.

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