30 janeiro 2007

Segunda-feira, 29 de Janeiro - final de tarde

afternoon light

Desde sempre que me lembro de gostar dos finais de tarde, principalmente daqueles em que a luz se torna dourada e se cola aos objectos, como se sempre lhes tivesse pertencido. Gosto de adormecer a tarde acordando a noite, tranquilamente. Conversar sobre as inquietações da vida e sobre os sonhos que ainda parecem possíveis, ao som de um piano ou de uma canção lânguida, arrastada, envolvente, receptáculo da luz dourada que momentos antes estava pousada sobre os objectos, fingindo-se deles!

28 janeiro 2007

Novo Blog de Jardinagem

Abriu este mês mais um blog de jardinagem amadora. Façam-lhe uma visita e incentivem-no!













Kerria japonica "Plentiflora" ou Rosa Japonesa "dobrada"
(foto retirada d'O Jardineiro Amador)

26 janeiro 2007

daisy


daisy
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mammillarias hangeeneana spp elegans flowers


mammillarias hangeeana spp elegans flowers
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mammillaria bombycina with flowers


mammillaria bombycina with flowers
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camélia vermelha


camélia vermelha
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ariocarpus maybe


ariocarpus maybe
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3 mammillarias hageeana sp. elegans


3 mammis with flowers
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25 janeiro 2007

Nevado e Companhia

Pois é já sabido que a qualidade do vinho aumenta com a qualidade da companhia! Nas últimas três vezes em que fui jantar à Casa dos Passarinhos, ali mesmo em frente aos Alunos de Apolo, bebi sempre o Syrah (aka Shiraz) com Aragonês "J.Nevado". Bebi, não, bebemos! ;)
jnevado

Não digo quantos éramos, mas se ainda me lembro..., bebemos 4 garrafas, durante quase quatro horas de conversa que passou de amena, engraçada, divertida a surrealo-bairrista, a partir do momento em que os comparsas da mesa em frente, resolveram meter conversa.
red wine with hand ring inside

Juro-vos que a culpa foi mais da Sangria que eles bebiam do que do J.Nevado que nós deglu-glu-glutimos!

À vossa!

Aí vêm elas...

mammillarias hangeeana spp elegans
growing
camélia vermelha

24 janeiro 2007

berengenia cordifolia blossom


berengenia cordifolia blossom
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Apesar de este ser ainda o único conjunto de botões "oferecido" pelas cerca de quinze berengenias que plantei, estou mesmo contente por, pouco a pouco, a primavera se estar a anunciar, lembrando-me de que poderei finalmente reorganizar o espaço do jardim!

Os botões das camélias estão também a começar a abrir! :)
flower

Terei de refazer este canteiro
onde anteriormente estavam as capuchinhas. chagas

Estou a pensar utilizar violetas ou Aptenias cordifolia.
Têm alguma sugestão?

23 janeiro 2007

JPM4 - Vinhos Licorosos

Botytris, sabem o que é?


Pois é, iniciámos hoje a prova com um vinho licoroso (é importante notar de que nem todos os licorosos são doces!...) que tinha botytris na sua composição. (voltámos a prová-lo duas horas depois, a uma temperatura bem mais baixa e estava muito melhor!)

Um vinho alsaciano o ALSACE Grand Cru - Goldert Gewurziraminer 88, cujo aroma e sabor inequivocamente lembrava o das lichias, um EDMOND Alphonse Mellot 99 de Sancerre






















Depois entrámos nos Portos, com um Rubi Reserva "Six Grapes", da Graham's















um The Tawny, também da Graham's - Linda e original garrafa! (ambos MUITO bons!!!!)















e para terminar em glória... um Vintage Dow's - Quinta da Senhora da Ribeira 2004












Ficámos com vontade de fazer uma "reciclagem" daqui a... poucas semanas! ;)

JPM3 - Vinhos tintos

O terceiro dia foi dedicado aos vinhos tintos. Para além de termos aprendido algum do léxico específico do universo vinícola, tivemos também uma belíssima prova.
Os processos de fermentação contribuem deveras para a coloração do vinho, que nos brancos se faz entre 14º e 16º de temperatura e nos tintos entre 28º e 30º. "Mais calor "significa sempre "mais cor".
Falámos da "remontagem", que é a passagem do vinho dentro da cuba, de baixo para cima, através de um tubo exterior, que passa pela "manta" (zona superior onde se acumulam as películas), onde ganha cor;
do excesso de anidrido de carbono, responsável pelo famoso Beaujolais, cujo aroma lembra framboesas e morangos, e que sendo um vinho de fraca graduação, uma espécie de "água-pé" mundialmente famosa, é "lançado" impreterivelmente na 3ª quinta-feira de Novembro e é esperado por milhares de bares em todo o mundo, de Londres a Sidnye, de Nova Iorque a de Tóquio!

Provámos um belíssimo Lima Mayer 2004, de Monforte - Castas: principalmente Aragonez e Syrah e, em menos quantidade três castas francesas (Verdot, Bouschet e Cabernet)+-11€/
um Casa de Santar 2000 - Dão (Varietal de Touriga Nacional), com aromas de jasmim e bergamota
e um Syrah Extreme, da Herdade do Esporão (pessoalmente gosto mesmo muito dos Syrahs)


No final provámos um D.Berta 2001 - Douro e um Vald'Arcos - Bairrada 88, muito bom para acompanhar pratos "pesados"!

18 janeiro 2007

JPM2 - Vinhos Brancos

"Enxoval que não vai com a noiva..."

Quanto mais tempo passa sobre o acontecimento "2ªSessão", menos impetuoso é o discurso. Vou assim tentar, antes de que chegue a Sessão nº3, contar um pouco do que sucedeu na passada terça-feira.

Desta vez, provámos uma "catrefada" de vinhos, desde o "muito bom" até ao "isto não, por favor!". Logo de início foram-nos servidos três vinhos: o Muros Antigos - Alvarinho 2005, o Antão Vaz - Varietal 2004 e o Castelo Alba Reserva


Os vinhos ficaram ainda algum tempo nos copos, à nossa frente, não só porque havia muito para falar sobre o modo de produção do vinho branco, mas também porque foram servidos a 4º e idealmente deveriam ser bebidos a 6º (para disfrutar em pleno de alguns vinhos, convém ter um termómetro que, segundo o JPM mencionou, custa quase nada!)
O Vinho branco tem dois inimigos naturais: a falta de higiene nas barricas ou nas cubas (inox) e a oxidação, que afectam as duas mais importantes características do vinho - o teor alcoólico e a acidez. Para a sua produção utiliza-se em exclusivo a polpa do bago de uva, embora, para que o aroma e a cor sejam sejam enriquecidos, algumas vezes se deixe em maceração pelicular, ou seja, a polpa fica em contacto com a película do bago apenas e durante algumas horas.
As leveduras (organismos neutros, que se apropriam e actuam sobre o açúcar do mosto) aumentam o calor e geram gás carbónico (anidrido de carbono) que, sendo mais pesado do que o ar, permanece numa zona por cima do mosto e que foi já responsável por muitas intoxicações e quedas, com morte certa, em "depósitos" de fermentação. Quando o mosto permanecia nos antigos lagares e fermentava ao ar livre, o anidrido de carbono permanecia "dentro dos muros do lagar", pois era deixada sempre uma "zona / altura" de protecção, que o impedia de "descer" até ao solo e aí ficar, se não houvesse qualquer tipo de arejamento.

Relativamente ao acto "prova", é muito interessante perceber que aquele "palavreado" todo de fruta assim e de compota assado, madeiras novas e outras tantas características que dizem encontrar nos vinhos, tem toda a razão de existir (está bem... há quem exagere mesmo e encontre aromas de souflée de champignons, com raspas de tangerina da Etiópia! ehehhehehe)
Agora a sério... Para se sentir os aromas existem duas zonas de "cheiro", uma acima do rebordo do copo, que é a zona de delicadeza, onde se encontram os aromas florais e de frutos, para além de se conseguir notar que o vinho não está em condições de se beber (quando se detecta um cheiro parecido ao da "cola de contacto" - statetil(?), que não é detectado quando se coloca o nariz dentro do copo!)

A acidez do vinho (mais importante e notada nos vinhos brancos) parece-nos mais forte se bebermos o vinho sem acompanhar com qualquer alimento e é o elemento responsável pela duração de qualquer vinho, fazendo-o candidato à cave!
Quando se agita o copo (com vinho dentro, é claro ;)), provoca-se uma maior oxigenação e consequente libertação de aromas: Essa é a melhor ocasião para tentar perceber que tipo de vinho temos à nossa frente!
Deve-se levar o nariz ao copo, vagarosamente, para poder usufruir das duas zonas de aroma. A segunda, sobre a qual nada referi, é a zona do aromas fortes, das madeiras, das compotas e até de alguns aromas "menos simpáticos", de uma espécie de apodrecimento de frutos.

Podemos ainda, já com o vinho na boca e através de um processo de retroaspiração, fazer com que os aromas surjam por detrás da cavidade nasal e encontrar assim nova "adjectivação" para o vinho. Este processo deve ser treinado em casa ou corremos o risco de "vaporizar" alguns ou todos os parceiros de mesa com um Vinhel Nº5!



Provamos também um Quinta do Cidrô 2003 (estágio em barrica), Douro Chardonay, que é muito bom para beber com queijos de pasta mole ou pratos de peixe com qualquer molho à base de natas.
Um Quinta do Cabriz 2000 - Escolha Virgílio Loureiro, um vinho precocemente evoluído
e um Paço de Teixeiró 2002, Alvarinho/Loureiro, com indução maolática*


*Fermentação Malolática ou 2ª Fermentação.
(Acontece com 20º de temperatura ambiente)
Quando os vinhos são engarrafadosdemasiado cedo, essa fermentação dá-se dentro da garrafa e faz com que o gás aí se acumule, dando a sensação, ao abrir, de que tem gás natural.


Ainda falámos da Colagem (processo que faz com que as matérias em suspensão se depositem no fundo da barrica e que era feito com claras de ovo batidas, para criar uma espécie de véu que filtrava o vinho fermentado)
Uma das razões de se utilizar tanta gema de ovo na doçaria conventual, deve-se ao facto de os produtores de vinho utilizarem as claras e oferecerem as gemas para os conventos!

Para além de um Bucelas Colares Reserva, provámos um belíssimo
Estremadura - Vindima Tardia

No final provámos um vinho verde Quinta de Penela 2004 de que não fiz nota alguma...


(Hoje, dia 22, será dedicado aos tintos. Espero não demorar tanto tempo a relatar o evento! ;))

16 janeiro 2007

JPM1

riedel wine glass Copos Riedel

Foi bastante interessante esta primeira sessão do Curso de Iniciação às Provas de Vinho. O João Paulo Martins (JPM), para além de (reconhecidíssimo) Enólogo, é também um óptimo comunicador e possui a humildade dos grandes. Provou-se pouco (para desencanto de alguns, nos quais eu me incluo ;)), mas aprendeu-se muito.
Começámos por ouvir falar das regiões vinícolas portuguesas e do tipo de vinhos que aí é possível produzir, das variáveis: terreno, intempéries, nascença (as videiras é que "decidem" a quantidade de cachos que produzem num determinado ano, compensando o excesso ou a falta nos anos seguintes), da fase do "pintor" (quando os bagos de uva começam a ganhar cor), da monda precoce (para evitar apodrecimentos devido a hipotéticas chuvas, para controlar as colheitas de demasiada produção, para oxigenar e permitir que os cachos apanhem mais sol) e do processo dos "200 bagos" (que são colhidos aleatoriamente, para se saber qual o teor de ácido e açúcar das uvas, o que permitirá decidir sobre qual o melhor momento para a vindima).
Depois, falou não só sobre todo o processo de feitura do vinho (desde o crescimento da uva até à fermentação e engarrafamento), mas também da relação entre o clima e a acidez ou o açúcar contido nas uvas, dos elementos que dão cor e aroma ao vinho e particularmente da forma como é feito o Vinho Espumante/Cava/Champanhe.

aliança tintoquinta do valdoeiro

Provámos o Aliança Tinto Bruto e o Quinta do Valdoeiro (branco*).
A temperatura ideal para se beber Espumante é de 6º e se tivermos uns copos Riedel (;)... melhor ainda!

Ah, é verdade: os "espumantes" raramente são datados e o espumante tinto é "excepcional" para acompanhar Sardinhas Assadas! Já agora, provem o Raposeira Rosé, que dizem estar MUITO bom!

*São raros os espumantes feitos exclusivamente de uva branca. Quando isso acontece, vem mencionado no rótulo "Blanc de Blancs"! ;)

14 janeiro 2007

Babel


Hoje decidi ir ver o "Babel", um filme que já me tinha despertado a atenção, mas do qual não sabia o argumento nem conhecia ninguém que já o tivesse visto.
Pois, digo-vos que o filme é absolutamente profundo, de uma beleza perturbadora e consciencializadora. As interpretações de todos os actores, nomeadamente da mexicana Adriana Bazarra - a ama Amelia (sem acento no "e"), do pai Richard - o envelhecido Brad Pitt e tantos outros, fazem com que o filme nos acompanhe durante muitas horas seguidas!
Estamos ligados uns aos outros e ao mundo, de uma forma aparentemente improvável e a Teoria do Caos tem no filme uma presença dissimulada e transversal.
São quase duas horas e meia de filme, mas nem se dá por isso! Aconselho-vos vivamente!!!

11 janeiro 2007

Iniciação

bottles

Este ainda não é o post sobre Suculentas, que prometi à Ana Ramón, mas não deixa de ter algum "suco"! ;)
Nos próximos dias 15, 16, 22 e 23, irei frequentar um "curso" de iniciação ;) de provas de vinho, ministrado pelo conhecido enólogo João Paulo Martins!
No primeiro dia teremos Espumantes (e outra coisa que agora não me lembro! Ai a Quinta de Sá de Baixo está a fazer das suas... ;)), no segundo os vinhos brancos, no terceiro os tintos e no quarto e último... Vinhos generosos e licorosos!
Assim (en)tornar-me-ei num (ex)perto (ins)tantâneo!!!

08 janeiro 2007

a lost heart


a lost heart
Originally uploaded by *brilho-de-conta.

A "brilho-de-conta" voltou ao Flickr, depois uma ausência (longa, dizem os fãs das suas fotografias).
Por isso, aqui vos mostro uma imagem de sua autoria.
Com um grande abraço para ela!

05 janeiro 2007

Está descoberto!!!!!

4 medronhos
"As Calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas."

(informação gentilmente enviada pela Filó!)

02 janeiro 2007

"Tô voltando"

Deposito uma enorme confiança neste ano que acaba de começar! Não só porque os dois ou três últimos anos me foram especialmente agrestes, mas porque tenho muitas saudades do tempo em que o meu entusiasmo era companhia segura e constante e parecia existir um sentido para quase tudo.
Não sou do tipo de pessoa que faz questão de aproveitar o final de ano para tomar decisões, mas acho importante, seja em que data for, conseguir tomar decisões... mesmo que nem sempre (infelizmente) as consiga cumprir!
Não será aqui que tornarei públicas essas minhas decisões, mas conto com o vosso simbólico apoio para ajustar o rumo dos meus caminhos e tentar reverter a passividade que se instalou na minha vida, ajudada pelos contínuos obstáculos e improváveis contratempos!
Por isso: "Tô voltando!", como diz a canção!

walking thru shadows, toward the light