23 setembro 2009
Do portão da casa, na qual aprendi o que casa significava,
até à pequena rampa de terra e seixos rolados do pequeno rio da aldeia,
para onde inevitavelmente eu gostava de me escapar,
distavam cerca de cinquenta metros que, à luz dos meus quatro anos,
me pareciam o caminho para o paraíso.
Hoje, nem a casa ou o portão existem como eu os conheci
e o rio há muito que se esqueceu de que como era ter nas margens
crianças descalças, que tentavam apanhar alguns peixes com latas velhas.
Os cinquenta metros estão tão curtos que já ninguém repara no rio.
Reparam apenas na ponte, que lhe passa por cima.
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