29 janeiro 2009

Todas as minhas ruas têm o teu nome*



Todas as minhas ruas têm o teu nome.
E é por isso que estou perdido.

Os únicos números que encontro são os dos dias
que estão nos umbrais das portas, que abres e fechas de seguida.
Ilusoriamente perpetuo-me, rabiscando as paredes, que em ti são de cal.
E, cheio de sentimentos nobres e indigentes, corro tanto.

Um, dois, oito, doze, dezoito, vinte e três, trinta, quatro, seis, sete, nove.
Já aqui estive.

Só mais uma vez...


*1997?

Sem comentários: