O Tempo autodilata-se e autocomprime-se de tal estranha e caprichosa forma, que amiúde nos baralhamos acerca dos dias e dos acontecimentos que por nós passam (ou seremos nós que por eles passamos?)
A constante e (nem sempre) silenciosa angústia que subrepticiamente me percorre a pele e o espírito, relativamente à minha incapacidade em, de uma vez por todas, resolver os problemas da casa (a cave, o pavimento do jardim, a vistoria, a inépcia das pessoas a quem entreguei algumas das tarefas fundamentais inerentes à construção do atelier...) faz com que perca a noção da ordem e a (outrora costumeira) capacidade de cuidar dos amigos, de lhes dar atenção ou sequer de estar com eles!
De repente, parece que o desleixe tomou de assalto vários compartimentos da minha vida e, instalado, se recusa a sair, invocando o caos como seu principal aliado. Não gosto de mim assim!
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