09 julho 2008
Das duas... uma!
ferocactus latispinus
Todos sabemos que a natureza humana é pródiga em conseguir encontrar justificações para tudo o que faz, em conseguir sobreviver em condições realmente adversas e, mesmo em idade adulta, fantasiar como se a vida fosse um conto de fadas.
Em 1988, num dos papéis que pintei (Fevereiro ou Março - Série dos Palcos), escrevi: "Acreditar é um Acto de Coragem". Essa frase sempre me acompanhou, mesmo quando dela não tinha consciência. Nas inúmeras ocasiões em que caminhei junto aos precipícios, em que julguei que era mais do que sou, em que acreditar era uma obrigação, como se fosse um estigma, invisivelmente tatuado.
Agora sou mais rebelde e já descobri onde está a tatuagem, não acredito naquilo em que tem de se acreditar por obrigação e dou mais crédito à fantasia, dando-lhe corpo, chamando-lhe Vontade.
Vou caindo aos bocados, mas a raiva e o desespero junta tudo de novo e vou-me assim renovando, redescobrindo, transformando em... não sei quê!
De uma coisa não que queixo: Monotonia!
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