Há de tudo (crassulas, adromischus, haworthias, senecios, aeoniuns, echeverias, seduns, graptoverias, euhporbias, varios cactos de semente,...) mais de 60 plantas diferentes, algumas de colecção...
47€+portes, (sem vasos, nem terra, para não pesar)
O frio tem sido uma companhia constante e os chuviscos anunciam o que aí vem para amanhã: CHUVA! A manhã começou não no Hamburger Banhof Museum onde vimos uma exposição do grupos Fluxus e de Joseph Beuys, mas na estação de Comboios/metro Hauptbahnhof, uma incrível estrutura arquitectónica de ferro, aço e betão, distribuída por seis pisos, que se podem entrever, numa espécie de devaneio escheriano
Depois, uma longa caminhada até ao Reichstag (Parlamento Alemão), onde esperamos mais de hora e meia na fila, ao frio e ao vento, desejando (eu) que valesse realmente a pena tal sacrifício e abnegação. Efectivamente... valeu o tempo de espera , não tanto pela vista panorâmica sobre a cidade, mas pela possibilidade de passear dentro da cúpula de aço e vidro que, em 1999 se inaugurou, sendo agora mais uma das atracções da cidade. Toda a zona que circunda o Parlamento está imaculadamente bem tratada e pensada à grande e à "alemã"!
A passagem para a zona leste da cidade, apesar de presentemente ser apenas simbólica, é marcada por uma "micro-exposição" de fotografias, colocadas numa vedação de arame, daqueles que tentaram saltar a vedação e foram abatidos. É confrangedor pensar que situações destas ainda persistem no mundo actual.
É também impressionante o Memorial ao Extermínio de Judeus na Europa
Manuela passa horas debaixo de um calor tórrido, tratando crianças subnutridas no deserto subsariano. Luís gasta todo o tempo livre que tem, distribuindo roupa e comida aos sem-abrigo da cidade. Júlia faz as compras e ajuda a limpar a casa de uma sua vizinha idosa, que vive sozinha e tem pouca força. António junta dinheiro para comprar medicamentos, com que trata os ferimentos dos animais abandonados.
Comprei o para 3 dias de entrada na maioria dos museus da cidade. (era sensivelmente o mesmo preço das entradas dos museus que iria visitar nesse dia... e, se me apetecesse, poderia visitar mais algum)
Estive até cerca das 17h na zona do Kulturforum e, para compensar o desgaste físico, nada melhor do que um delicioso Apfelstrudel acompanhado, não com um chá, mas com um copo de vinho tinto, pois o preço de um café expresso era 2,60€ e o vinho (bastante bom, por sinal - 2 dl) 2,50€, num pequeno e charmoso restaurante austríaco (que também é pastelaria) chamado Sissi (que original, não! ;))
Uma horita de descanso no hotel e "iólarópipú", um belíssimo jantar no Austria, (bairro) Kreuzberg, na companhia de amigos, onde comi algo que me é impossível reproduzir o nome (carne de caça estufada com cogumelos acompanhada por uma "almôndega de pão" - Knödel - Obrigado, Paulo) e que estava delicioso!!!! A quantidade era muita, mesmo para um alemão de dois metros!!! Não comi sobremesa (nem dava para ouvir...sobremesa! ehehehe) mas um Schnaps de Pera williams, para ajudar a digestão... marchou!
O resto da noite, digamos que foi... ligeiramente interessante!!! ;)
Espero pelo voo para Berlim, embalado pelo babilónico burburinho de aeroporto e pelo já tão familiar som de arranque do Sistema Operativo Windows, tal é a quantidade de computadores portáteis neste tipo de espaço. O mundo está cada vez mais parecido com a nossa casa (ou será a nossa casa que está cada vez mais parecida com o mundo?) e isso nem sempre é bom. Os "não-lugares" estão querer desertar da esfera que lhes confere a identidade. Fogem em direcção à extinção.
Estou dentro do que está dentro do que está dentro e, no entanto, fora do que está fora, do que está fora. Será que posso optar?
Era uma vez eins wunderbar Currywurst, tão schön, tão linda que, quem a via a desejava logo essen. Essa Currywurst vivia num flasche de vidro, de onde olhava die Welt, do cimo de uma bord, junto a so viel outras currywurst... und era vertikal fröhlich! Aber como já jederman sabemos eins tag a Fröhlichkeit tem um ende: ao gegenüberliegend de muitas anderere currywurst que por aí bestehen, Jemand a erfassen und essen.
Moral da história: a infelicidade de umas é a fröhlich de anderere Tenham um belíssimo fim-de-semana (de cinco dias)! Acho que já me tinha despedido, mas como ninguém me mandou um Conto para publicar... tive de voltar!
Vou jardinar para outras paragens, refrescar as ideias, entre os 8º e os 2º negativos..., tentando não abusar das Bo... dos fritos, nem das Salsi... dos enchidos!
De uma coisa tenho a certeza: Não engordarei por causa da cerveja!!!
(Não sei o que me deu, que agora só viajo para cidades que têm ursos nas bandeiras!!!! ahahahha)
Aproveito e na Segunda-feira vou ao POSTBAHNHOF conhecer pessoalmente esta senhora!
Tarde de sábado. Uma luz dourada banhava o espaço a que tenho o prazer de chamar jardim e, uma vez mais, fotografei o limoeiro, ao qual fui fazendo questão de não retirar os limões (pelo menos até à já muito próxima floração), pois iluminavam todo o passeio interior da casa. Cerca das três da manhã, acordei (não tinha bem adormecido, devido às recentes noticias familiares) quando acendeu a luz de presença do jardim. Fui à janela, não vi ninguém, pensei que teria sido um gato que fez disparar o detector. Segunda-feira fui para o Cadaval e ontem, quando regressei, deparei-me com o limoeiro praticamente "depenado"! Pensei que tivessem entrado no jardim durante a minha ausência e fui visionar as imagens da câmara de vigilância. Como nada de estranho estava filmado, resolvi rever imagens mais "antigas" e descobri que de Domingo para Segunda, o suposto "gato" era o mesmo fulano que me roubou os cactos grandes (de dia). Entrou cerca de um ou dois minutos após a passagem do carro da polícia pelo bairro e, quando a luz de presença acendeu (deve ter sido a sua primeira incursão nocturna) ele fugiu imediatamente.
Com tinha ficado por resolver a questão dos limões (que era a questão que eu procurava deslindar...) vi até um pouco mais à frente e, por volta das seis e meia da manhã, um velhote resolveu simplesmente entrar, ir apanhar os limões e... sair!
Agora o que é mais "engraçado" é que eu não posso ir à Polícia com estas imagens, pois corro o risco de ser MULTADO, porque: "Se pretender colocar câmaras de vigilância a funcionar na sua casa terá que obter autorização prévia por parte da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).
Esta notificação é feita através do preenchimento de um formulário, denominado Formulário de Videovigilância, disponível a partir do site da CNPD, que deverá imprimir para preenchimento e depois remeter pelo correio a esta entidade.
A este formulário, o proprietário da vivenda deverá juntar uma planta de localização das câmaras com uma pequena legenda, indicando os locais abrangidos pelo ângulo de captação de imagem.
É igualmente necessária uma cópia do aviso informativo da existência de videovigilância, que deverá estar exposto sempre que existam câmaras montadas em área exterior, como é o caso dos portões de acesso à rua e as entradas de automóveis, por exemplo.
O processo de notificação de qualquer tratamento de dados está sujeito a uma taxa que deverá ser paga prévia ou simultaneamente ao envio/entrega do formulário e, que neste caso, é de 60 euros."
Acho que vou colocar um Cartaz com o seguinte Aviso: "Senhor Ladrão, Tenha a amabilidade de tocar à campaínha, seja a que horas for, que terei o prazer de lhe oferecer também um café! Por favor não me denuncie à Polícia!"
Nota: Mesmo correndo o risco da Multa, vou imprimir as fotografias e colá-las na parede junto ao sítio por onde costumam entrar (para além de já ter colocado um detector sonoro de passagem (corro o risco de me o roubarem também, mas paciência). Se a casa estivesse desleixada não entravam. Os meus vizinhos dizem que não têm nenhuns problemas com roubos...)
Acabo de "travar conhecimento" com Concha Buika, no Excelente blogue Garficopo. Como lá comentei... nem só de comida (de cactos ou de pintura) vive o ser humano.
Que saudades da Andaluzia... *parece que somos da mesma família, pelo menos nos dentes!!! LOL
Ainda hoje permanece o mistério que envolveu a sua morte. Era o espião mais bem sucedido do seu tempo. Recebia todas as instruções através de uma caixa postal, que mudava de endereço todas as semanas, segundo uma equação de base logarítmica bastante complexa, memorizada aos 14 anos, momento em que se tornara conhecido pelos seus colegas de escola como “o base de dados”, tal era a sua facilidade em registar mentalmente tudo o que se dizia ou passava dentro e fora da sala de aula. Foi a partir desse momento que iniciou a sua actividade como espião. A sua primeira proposta governamental chegou-lhe dissimulada numa carta de amor, que recebeu em mão, entregue por uma colega de turma que, sem qualquer sombra de dúvida, também era Espia. Rudolfo era cirurgicamente preciso nos apontamentos que tomava e que de seguida os colocava em caixas-importantes, disfarçadas de caixas-não-importantes, guardando-as num local que, com receio de poder vir a ser descoberto, também mudava irregularmente. Sentia-se o guardião dos gestos dos que o rodeavam e dos que se cruzavam com ele e nem mesmo nos raros momentos de fragilidade pré-orgásmica a que submeteu com as poucas namoradas que teve, todas potenciais espias inimigas, claro, deixou transparecer algo que indiciasse a nobre e ultra-secreta missão de que estava incumbido. Nunca chegou a saber para quem trabalhava, conheceu ou se deu a conhecer a outros espiões e muito menos o quanto ganhava. O que se escrevia nos jornais era tudo manipulado. Nunca nenhuma comissão parlamentar teve acesso aos seus dados pessoais. Rudolfo escrevia quase sempre em código, para grande desespero dos professores que teve. Como consequência disso tinha apoio escolar acrescido, aproveitando esse tempo extra, que lhe dedicavam, para tomar notas complementares sobre a actuação dos professores. O destino dado às suas informações era, obviamente, secreto. Sabia no entanto que tudo funcionava bem. A regra número um era, por precaução, não existir qualquer tipo de eco relativo às suas mensagens por parte dos destinatários. Sabe-se que tinha um nome de código e também que fez questão de o esquecer, por questões de segurança, claro.
Quanto à sua morte…teria sido realmente suicídio? homicídio? Vestígios da Guerra-fria? Futurologia da UÇK? De uma coisa podemos ter a certeza: Rudolfo era um espião realmente digno desse nome, chegando a levar ao extremo essa sua nobre missão. Rudolfo espiava-se a si próprio. Escrevia, gravava e, quando era possível, filmava cada passo seu para assim ter provas acrescidas de defesa ou de ataque em causa própria. Isso não era nada fácil, tentar não se autodenunciar, espiar-se sem saber que estava a ser espiado. Para que todo o seu trabalho não perdesse o sentido, ele arranjou uma espécie de duplo, com identidade falsa e morada desconhecida, que o seguia a cada instante. Rudolfo questionava-se. Que escreveria o ‘outro’ sobre ele? Com certeza que trabalharia para o inimigo. Aonde é que estava o inimigo? Pagariam mais ao ‘outro’ do que a ele próprio? Rudolfo sabia que não estava seguro e o ‘outro’ sabia bastante mais do que ele, porque apesar do esforço que fazia nesse sentido, não lhe conseguia escapar. Se calhar foi o ‘outro’ que o matou. Na verdade, ele sentia-se ameaçado já há algum tempo, pelo menos segundo o que constava nos apontamentos que o ‘outro’ tomara sobre ele e aos quais ele, através de um complicadíssimo processo de contra-espionagem, tinha conseguido ter acesso. Até agora pouco mais se sabe. Calcula-se que, algures numa caixa postal, com número de base logarítmica desconhecida e em linguagem criptada, está encerrada a verdade.
Um filme interessante, que aborda a estranheza da "candura" da personagem principal, nos conturbados dias de hoje. (**)
Gostei bastante do argumento e da interpretação do "professor" que, através do ritmo de um djambé, reencontra a alegria e a razão para se voltar a apaixonar. (****)
Todas as interpretações são fabulosas. Não percam (****+)
Muito interessante, principalmente pelo facto de ser "auto-biográfico". Aviso: É deveras violento. (****)
eu ia saindo, ela estava ali no portão da frente ia até o bar, ela quis ir junto "tudo bem", eu disse ela ficou super contente falava bastante, o que não faltava era assunto sempre ao meu lado, não se afastava um segundo uma companheira que ia a fundo
onde eu ia, ela ia onde olhava, ela estava quando eu ria, ela ria não falhava
noa dia seguinte ela estava ali no portão da frente ia trabalhar, ela quis ir junto avisei que lá o pessoal era muito exigente ela nem se abalou "o que eu não souber eu pergunto" e lançou na hora mais um argumento profundo que iria comigo até o fim do mundo
me esperava no portão me encontrava, dava a mão me chateava, sim ou não? não
de repente a vida ganhou sentido companheira assim nunca tinha tido o que fica sempre é uma coisa estranha é companheira que não acompanha
isso pra mim é felicidade achar alguém assim na cidade como uma letra pra melodia fica do lado, faz companhia
pensava nisso quando ela ali no portão da frente me viu pensando, quis pensar junto "pensar é um ato tão particular do indivíduo" e ela, na hora "particular, é? duvido" e como de fato eu não tinha lá muita certeza entrei na dela, senti firmeza
eu pensava até um ponto ela entrava sem confronto eu fazia o contraponto e pronto
pensar assim virou uma arte uma canção feita em parceria primeira parte, segunda parte volta o refrão e acabou a teoria
pensamos muito por toda a tarde eu começava, ela prosseguia chegamos mesmo, modesta à parte a uma pequena filosofia
foi nessa noite que bem ali no portão da frente eu fiquei triste, ela ficou junto e a melancolia foi tomando conta da gente desintegrados, éramos nada em conjunto quem nos olhava só via dois vagabundos andando assim meio moribundos
eu tombava numa esquina ela caía por cima um coitado e uma dama dois na lama
mas durou pouco, foi só uma noite e felizmente eu sarei logo, ela sarou junto e a euforia bateu em cheio na gente sentíamos ter toda felicidade do mundo olhava a cidade e achava a coisa mais linda e ela achava mais linda ainda
eu fazia uma poesia ela lia, declamava qualquer coisa que eu escrevia ela amava
isso também durou só um dia chegou a noite acabou a alegria voltou a fria realidade aquela coisa bem na metade
mas nunca a metade foi tão inteira uma medida que se supera metade ela era companheira outra metade, era eu que era
nunca a metade foi tão inteira uma medida que se supera metade ela era companheira outra metade, era eu que era
Passavam alguns minutos depois das dez e o dia tinha saído há pouco. Deveria ter ficado em casa, até porque estava tudo arrumado de uma forma aleatória, mas não quis. Agosto era o próximo mês, mas o calor tinha atingido já os limites suportáveis, pelos que menos suportam os limites que o calor atinge. Ao menos na rua, embora o calor seja o mesmo que em casa, durante a noite não se sufoca tanto. Andou alguns quarteirões a pé, sem destino e, quando deu por ele, estava em frente a um portão de jardim. Entrou, sentou-se num banco que lhe pareceu convidativo e esperou. Esperou, até que o esperar lhe deu sono e adormeceu, como quem adormece numa banheira. Sem saber quanto tempo tinha passado, acordou. Pestanejou, porque os olhos pesavam-lhe tanto quanto o corpo dorido do calor e julgou sonhar. Mesmo aos seus pés dormia, deitada na relva, uma mulher. Endireitou as costas nas costas do banco e, sem saber que fazer ou se deveria fazer alguma coisa, esperou muitos minutos pelo seu acordar. Não aguentando mais a espera, levantou-se e saiu do jardim, não sem olhar para trás a cada dois passos que dava.
Voltou durante anos, porque voltar é praticamente inevitável, até mesmo ao erro, até que um dia adormeceu na relva e, sem saber, também ele esteve aos pés dela. Quando acordou, viu-a sair do jardim e nessa altura percebeu que também tinha estado no sonho dela.
Ontem, dia 3 de Março, tive o privilégio de ter tido uma visita guiada e personalizada ao Convento da Encarnação, acompanhado pela sua tremendamente simpática Directora. Para além de lhe ter mostrado algumas imagens do meu trabalho, estivemos a ver os espaços passíveis de receber uma possível e futura exposição minha, cujo motivo/assunto será o próprio espaço envolvente. A riqueza do espaço é tanta, que vai ser difícil circunscrever-me a um ou dois motivos só. No entanto, ficou combinado de que, sensivelmente a partir de 15 de Abril, aproveitando a generosidade dos dias grandes, terei "carta verde" para entrar e trabalhar onde quiser. O resultado desse trabalho será então exposto (quase de certeza) no interior do Convento, pois os Claustros estão sujeitos à intempérie e à consequente degradação das peças. Terei então cerca de um mês para terminar a preparação da exposição de Jaén e poder começar com este novo projecto. Entretanto, estou à espera de saber se também por volta de 15 de Abril irei expor (trabalhos mais antigos) numa Sala perto do Campo Mártires da Pátria. Também surgiu a hipótese de levar o meu trabalho até Bilbao... mas é só uma hipótese!
Hoje passarei ainda pela Sala do Veado (Museu de História Natural), onde inaugura uma exposição da obra do (Capê) Barahona Possollo. Tem um trabalho (clássico) arrebatador.