23 março 2008

Desabafo

Muitas vezes me perguntam qual a razão porque (de repente) me comecei a dedicar aos cactos. Ainda hoje não sei concretamente porque tal aconteceu.
Sempre gostei muito de plantas, de quase todo o tipo de plantas, de jardins e de florestas, de hortas, de planícies e da forma que este tipo de seres vivos têm de crescer, sobreviver e de se adaptar.
Nalguns meus devaneios panteístas desejei ser árvore, mesmo sabendo do risco das tormentas e da ganância humana.
Esta minha novel faceta, que parecer ter tomado conta do meu tempo, do brilho que os meus olhos tinham, é assumidamente uma fuga para a frente, uma terapia como tantas outras, um refúgio que me consome como um vício e do qual, como um vício, me é difícil escapar.
Questiono-me, angustio-me e até me zango com este meu remédio-veneno e... continuo na mesma, até um dia!

A minha circunstância vai-me apunhalando e eu desculpo-a, até um dia!

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