13 novembro 2007

Expectante

caudex

Esta serôdia e aparente generosidade dos dias soalheiros, traz consigo uma desconcertante sensação, um agridoce sabor, um quero-não-quero, que vai tomando proporções desaconselháveis. Embora se esteja a tornar difícil não falar do tempo, gostaria de referir que o Tempo, não o metereológico, é um dos meus favoritos temas de reflexão.

Acho deveras interessante o conceito de Espaços Vagos, Lugares (ainda) sem ocupação e, por excelência, não há Espaço Vago, Lugar sem ocupação, mais importante do que o Tempo. É nele que somos e estamos, é nele que sofremos e temos prazer, que dizemos Sim, Não e Talvez ou mesmo ainda quando não dizemos absolutamente nada.
É na sua infinita dimensionalidade que reside, na minha perspectiva, a sua mais intrigante faceta, essa espécie de transversalidade possuidora de uma luminosidade que cega, uma ideia que nos trespassa como um punhal.
Eu, tu, mil "eus" e mil "tus", simultaneamente. Processos distintos, que se auto-propagam, se contaminam e se entrelaçam, numa matriz de n entradas.

(Eu sei que enunciar, não é explicar! Mas não vos maço mais)

Sem comentários: