Há no ar um apressado cheiro a tílias e jasmim, um cheiro a primícias, que anuncia mudanças, vida e morte, riso e lágrimas, aliadas eternas, bençãos irónicas.
Somos apenas energia e é dessa forma que nos relacionamos com o que vive e com o inanimado, o que é sem ânimo, sem alma.
Há no ar uma demorada vontade de encontro, que me questiona e me intriga displicentemente, em palavras soltas e nem sempre credíveis.
Sou mais problema do que solução, mas não gostaria que fosse de outra forma, porque me interessa gerar, contaminar.
Sou parte do ar que respiro, sou um ser autofágico.
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