Na minha Caixa de Pandora já nao existem muitos demónios, foram-se cansando e morrendo de pasmo. Possivelmente eram demónios de segunda categoria...
Sobreveem-me pontuais momentos de tranquilidade, facto inédito de há algum tempo para cá. (Até a minha caligrafia é disso reveladora)
Desconhecido é o futuro do que está para vir, assim como o futuro do que ficou para trás. Somos permanentes descobridores, inevitáveis desertores. Eu sei que existe uma transversalidade universal, uma ordem no Caos, que impele os audazes e também os gananciosos, que motiva os sensíveis e os psicopatas e nos transforma em involuntários carrascos e abnegadas vítimas.
Nao se pode evitar a contradiçao, porque é nossa parte integrante.
Conto com o excesso para calar a falta e anseio o sossego para me acalmar a pressao.
Tudo isto é verdade, mas nunca conseguirei cabalmente dizer tudo.
Felizmente existe o esquecimento, que nos garante a sobrevivência e algum equilíbrio.
Sem comentários:
Enviar um comentário