20 junho 2006

tentação

Eu bem que tento resistir... mas tomar conta deste "jardim" tornou-se um desígnio nacional (bem maior do que a prestação da selecção no Mundial da Alemanha!).
O interessante e simultaneamente patético, desta indiscutível ciber-realidade, é de que eu, que aqui escrevo, e muitos outros milhões que noutro sítio qualquer escrevem, somos seres absolutamente disseminados e pontualmente dissimulados, por vontade própria ou nem tanto!
A relação que se estabelece com o meio, com este interface que quase nos persegue, torna-se simbiótica e imaginariamente vital, tornando-nos mais daquilo do que já antes éramos! Este meio, potencia as vontades e, escondendo-nos, revela-nos!

A vontade quase intrínseca de querer ser Outro ou de querer ser mais, encontrou finalmente o seu terreno natural, de absoluta fertilidade e de obscena expansão. É o requinte da esquizofrenia, o espectro da "polipolaridade", o prazer onírico, sem culpa, com culpa.


(por agora, fecho-me - auto - Pandora, antes de que o sentido se torne imperceptível)

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